Like a falling rain

The stars above guide me and moonlight is free

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Charada

Percebendo que o princípio também é o fim, é chegada a saudosa hora na qual nada é real. Perdendo-se na antiquada batalha por ideais, de que vale estar limpo aonde não nasce o sol? O horizonte talvez seja apenas mais uma faceta fria e maquiavélica de todas as coisas perdidas e subjugadas.

Razões são apenas traços de um parecer nem tão positivo sobre as coisas que deveriam ser, de modo que retiram sua confiança e boa vontade sobre os fatos sempre citados de forma vertical, e induzindo almas ao eterno erro da soberba. Não há espaço no céu para corações frios e mentes manipuladoras.

A partir do momento em que a chuva começa a cair, é criado um grande impasse entre proteger-se ou encará-la. É apenas uma chuva, não? Que purifique todas as coisas negativas de um mundo de ilusões, forjado por medo e desrespeito alheio. Nada é real e nada é final. Continue sua jornada rumo ao além de todas as possibilidades estrategicamente sancionadas pelo coração. Pressentimentos e intuições cada vez mais assumem seu verdadeiro espaço, esquecido desde muito tempo atrás.

Pode parecer difícil andar na estreita linha do equilíbrio. De um lado, a soberba e do outro os temores, sempre assolando cabeças vazias e sem propósito algum. Se encaixar dentro desse contexto pode ser cruel aos olhos de quem não sente a realidade como um todo. Vale ressaltar que nada é final, sempre uma modificação gélida e enigmática. De que vale aparências... Nada é material. Malditos paradigmas que assolam uma mente calculista como a matemática, cercada de regras e fórmulas que transformam o infinito numa frieza sem tamanho.

Não há mais espaço para ilusões, nem dor. Saboreie o que vê e o que sente. Suas sensações e dignidade são tudo o que lhe pertence, além das ondas quânticas. Sem palavras.

3 comentários:

  1. Muito interessante o texto rapaz!
    De uma profundidade ímpar!
    Aqueeele abraço!

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  2. A partir do momento que se percebe o princípio e o fim parecem significar a mesma coisa (já que o fim quer dizer um novo começo e vice versa), eles tornam-se irrelevantes e começa a se achar mais importante o que liga um e outro e é esse "meio-termo", o caminho, entre o fim e o começo que deve ser vivido intensamente.
    Nenhum fim é bonito, senão não seria fim e por vezes os começos também não o são.

    Enfim... nada é tudo, tudo é nada; o começo é o fim e o fim, o começo, hahaha.

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  3. É a tal das modificações já citadas em algum texto por aqui. Existe uma frase mais ou menos assim: Começa doce, termina amargo. Começa amargo, termina doce. Logo, prefiro sentir cada milímetro de amargura agora, em prol de algo posterior. Muito fácil não tem graça, não é mesmo?

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